No outro dia, depois de uma noite de sono honesta, sem fazer turno. Uma surpresa, encontrei o Fernando a bordo do Andante… rsrs, olha ai gente, agora ele tirou toda a barba, que saudade que eu estava desse visual.
O Fer estava arrumando o riso da vela principal pela manhã e um cabo enroscou na cruzeta, conclusão, tem que subir pra tirar o bendito cabo enroscado. Rapel pela manhã, são nossos exercicios matinais…rsrsrs… ou melhor, do Comandante.
Depois do rapel, fomos viajar mais um pouco no tempo conhecendo a Ile St. Joseph. Na noite anterior comecei a ler o livro que a Yola nos deu, “Um brasileiro Velejando as Antilhas”, de Geraldo Tollens Linck, que fez essa viagem com o Plâncton (veleiro hoje, do nosso amigo Rogério) em 1978. Estamos passando pelos mesmos lugares que ele e li na noite anterior os relatos sobre as Iles du Salut, é fascinante se remeter ao passado e avistar do cokcpit do Andante, o Plâncton… lá, ao nosso lado praticamente no mesmo lugar onde Geraldo relata ter ancorado a mais de 30 anos.
Bem, fomos para St. Joseph e nós esperávamos encontrar tudo que Geraldo relatou em seu livro e encontramos… putz, que demais! A ilha tem esse caminho que dá a volta nela todinha, podemos ver o mar todo tempo, as aguas por aqui são selvagens e explodem nas pedras, a paisagem é muito bonita, existem muitos coqueiros pelo caminho, mas muito mesmo… agora entendo porque a Papillon encheu sacos de côco pra fugir da ilha do diabo.
Esta é a vista que temos das outras ilhas, à esquerda Royale e à direita do Diabo, naquele pequeno canal entre elas a correnteza é muito forte.
Nas outras ilhas não existem praias, mas aqui encontramos uma muito charmosa e pequena.
Olha só… essa praia com a Ilha do Diabo ao fundo. É tudo muito lindo, mas tenho que confessar que a energia de tudo que se passou neste lugar a tanto tempo continua aqui. Como pode um lugar tão lindo ser tão sombrio ao mesmo tempo…
Mais a frente encontramos um cemitério que Geraldo relata em seu livro… as lápides estão todas gastas com a ação do tempo, é impossivel decifrar o que está escrito nelas. Esse cemitério era destinado a funcionários do complexo presidiário que se mudavam pra ilha com suas familias para trabalhar e por aqui permaneciam por muito tempo e não aos detentos… esses tinham outro destino. No canal entre a Ile Royale e St. Joseph eram arremessados os corpos dos desafortunados para que fossem comidos por tubarões que por sua vez acostumados com a rotina sabiam que lá sempre haveria comida… que horror!
É lindo sinistro ao mesmo tempo… mas não deixa de ser um bom lugar pra sua ultima morada, bem pertinho do mar, cercado de muita natureza. Mas por enquanto… eu tô fora!!!
Depois de visitar St. Joseph voltamos à Royale em busca de uma gelada… e voltamos ao Auberge des Iles, onde fica aquele bar…
Jacson, o garçom peruano que já ficou nosso amigo tirou um chopp especial pro Fer… geladinho!
Á tardinha, fizemos um Happy-our no Andante, foi bem gostoso… nos preparamos para deixar Salut no outro dia pela manhã… vamos pra Kourou, na Guiana Francesa.
3 comentários:
Nooosssssaaaaa!!!!!!o Fer ficou um gato!!!!!!!!, parece até que esta mais limpo, Paula vc aproveitou e deu um banho nele com sabão em pó...rsrsrsrsr; brincadeirinha!!!!!
Falando sério gostei muito, tava curiosa pra ver o Fer sem barba, ficou ótimo.....bjs mãe
Paulinha e Fernando.
Muito legal essa ilha e toda sua historia hein !!!
Tirem bastante fotos para depois vermos com calma ok !!!!
Saudades
Mauricio e Sílvia
Nossa to amando as fotos ,Paula seus comentarios me faz rir,vc é ótima ,adoooooooooro.E vc Portugues ,continue sem as barabas do profeta,bem melhor assim.Beijos,eu olho as fotos e sinto saudades de vcs.
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