Foto: Thierry Dapot

sexta-feira, 22 de junho de 2012

PICO, A ILHA NEGRA

 

De mala e cuia, pegamos o Ferry e guiados pela Bia partimos para Ilha do Pico, afinal, aqui do Faial nos surpreendemos sempre a admirar a paisagem que o imponente Pico proporciona, hora com um cinturão de nuvens, hora limpo ou coberto. Então, bora lá… conhecer a Ilha do Pico.

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São apenas 25min de viagem… um passeio.

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A vista do Conselho de Madalena em nossa chegada. A ilha tem 3 Conselhos, que são para nós como cidades, Madalena, Lajes e São Roque e mais 17 freguesias, assim eles denominam os bairros ou vilarejos espalhados pela ilha.

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Aqui, uma das freguesias, com suas casinhas de pedras escuras… é uma visão bem diferente do que estamos acostumados a ver… portanto, enchem nossos olhos.

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Vamos ao que interessa, a Rota do Vinho… hummmm.

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A Ilha do Pico é considerada a Ilha Negra, pela sua paisagem vulcânica de surpreendente beleza.

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Considerado pela UNESCO como Patrimônio Mundial, a Paisagem da Cultura da Vinha do Pico, tem grande importância no contexto do país e não somente para os Açores.

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Ele tem uma certa atração por barris, não sei por quê…

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Podemos contemplar o Pico de toda parte da ilha.

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A lava vulcânica chegou ao mar.

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O Pico forma uma das paisagens mais lindas que já vi.

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Possui 2351m de altitude e é a maior elevação do território português.

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Todos na Lagoa do Capitão, com o Pico ao fundo. Bia, Hugo, Catarina, Eu e o Fer.

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Esse é o Museu da Indústria Baleeira, instalado desde 1942 em uma antiga Fábrica da Baleia, retrata a importância que a atividade da caça à baleia imprimiu na ilha. Essa prática foi introduzida pelos americanos e veio a ser a principal fonte de sustento da Ilha do Pico. Eles caçavam principalmente as Cachalotes.

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Os principais produtos que se obtinham com a caça as baleias eram o óleo, usado como lubrificante e as farinhas, que serviam de ração para animais e adubo. De uma cachalote podia se obter de 8 a 10 toneladas de óleo, que eram muito rentáveis na época. Em 1987, foi proibida a caça à baleia de maneira a preservar a espécie e hoje a observação do cetáceo traz um retorno muito maior que seu abate.

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Monumento ao Baleeiro Açoriano.

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Nossa guia, nossa amiga, pessoa especial que encontramos nesse porto tão distante do nosso Brasil, vai ficar pra sempre em nosso coração. Que isso gordinha? (Só ela vai entender… rsrsrs)

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A Ilha do Pico, nos proporciona lindas paisagens. Dificil tarefa é selecionar as imagens para publicar no blog, vocês não tem idéia da quantidade de fotos lindas não publicadas.

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Aqui na Freguesia de Piedade, uma vinha, plantada em solo vulcânico, assim como em toda a extensão da ilha. Esse é o quintal da adega do Seu Luiz e Dona Adélia, amigos da Bia, que nos emprestaram a adega para pernoitarmos. Aqui, todos transformaram suas adegas em casas de férias simples, mas irresistíveis e principalmente inesquecíveis.

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Tinhamos acabado de chegar e o Seu Luiz chegou logo depois com a filha Sara e já entrou dizendo – Vamos tomar um tinto! – Ainda nem haviamos sido apresentados direito… o Fernando me olhou com os olhos grandes e me perguntou o que ele havia dito, e eu confirmei – Ele disse – Vamos tomar um tinto!

Eta Lêlê, a festa vai começar!

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Seu Luiz, então, entrou naquele espaço mágico, a adega propriamente dita, e quando abriu a torneira de uma das pipas, jorrou aquele liquido cor de vinho com um aroma delicioso… e o Fer não queria mais sair de lá.

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O vinho é realmente especial, o melhor que já provamos até hoje, feito em escala reduzida e portanto com mais cuidados aos detalhes, uma preciosidade que degustamos em cuias de barro. Agora preciosidade mesmo, foi conhecer pessoas como a D. Adélia, Seu Luiz e Sara…

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Ainda saimos para jantar com o Marquinho, filho do Genuíno, que estava a trabalho no Pico. Noite muito agradável, bom papo, boa companhia, boa comida, momentos que certamente lembraremos com muita saudade… o Marquinho é muito divertido e demos boas risadas juntos.

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Mais vinho e bacalhau… é claro!

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De volta a adega, esse era o nosso quarto, aconchegante e quentinho, arrumado com todo carinho pela D. Adélia, um capricho. E o Fer a sonhar com aquele vinho maravilhoso, que estava bem abaixo de nós… percebendo que o Fer havia gostado do vinho, quando amanheceu, havia uma garrafa com 5 litros de vinho e uma bagaceira separadas para ele.

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Essa é a adega. Nós iriamos embora neste dia, mas resolvemos ficar mais um, então fomos conhecer mais um pouco da ilha e mais tarde voltaríamos pra jantar com os donos da adega… ehehehehe, adoramos essa parte, voltar para a adega. Uhuuuuu! O Fer já dizia - Vocês podem ir, eu fico!

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Quando chegamos aos Açores ficamos felizes por estar em um lugar onde se falava o “português”, a nossa lingua. Foi quando nos pegamos a não entender nada do que diziam, chegou a ser engraçado termos que pedir pra repetir para que pudéssemos compreender, mas por aqui cada ilha tem sotaques e influências que diferenciam, e muito, a maneira com que falam a lingua portuguesa e por muitas vezes fica dificil entendê-los, contudo, a gente vai se acostumando.

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Na hora do almoço, para matar a saudade do Brasil, a Bia nos levou no Restaurante dos brasileiros Taner e Bete, mineiros que fazem uma comidinha pra lá de gostosa.

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Depois de apreciarmos, pão de queijo, tutú de feijão, carne de panela, couve, arroz, caipirinha… que saudade do Brasil! Uma paradinha para foto, da esquerda pra direita – Taner, Bete, Camila, eu, Fernando e Catarina. Tem brasileiros de monte por esse mundo a fora… Vixi Maria!

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A Ilha do Pico, possui pouco mais de 14 mil habitantes, largura máxima de 15,2km e comprimento máximo de 42km.

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De volta pra adega… hummm churrasco de linguiças, chouriços, panceta, peixe e claro… aquele vinho maravilhoso!

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Na foto, Catarina, Carol, Marquinho, Hugo, Fer, eu, Seu Luiz e Sara.

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Recebendo o carinho especial da querida D. Adélia.

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 Essa viagem nos surpreende a cada dia, mais do que conhecer lugares, temos a oportunidade de conhecer pessoas especias, que nos recebem, sem ao menos nos conhecer, como os seus… incrivel a sensação de aconchego familiar… momento mágico.

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Nós… aproveitando cada segundo…

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O Seu Luiz só a observar aquela gentarada na adega dele, a rir, comer, beber, conversar… ele é uma figura, gente boa demais!

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E quando todos já estavam cansados pensando em dormir, os incansáveis anfitriões, nos convidaram para apreciar a vista da lua cheia a iluminar o mar de um miradouro da ilha, já era mais de meia noite, e lá vamos nós com os dois!

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É claro, o vinho não poderia faltar… Meu Deus! Vamos ficar mal acostumados!

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No outro dia pela manhã, as despedidas, teríamos que voltar ao Faial.

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D. Adélia me emocionou, quando com os olhos cheios de lágrimas veio nos abraçar e dizer adeus… foi realmente especial. O melhor de conhecer a Ilha do Pico, foi conhecer essa familia, de pessoas simples, hospitaleiras, verdadeiras… amigas! É Bia, você não nos apresentou apenas lugares especias…

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Era feriado de Corpus Christ e as ruas estavam sendo enfeitadas para as procissões mais tarde.

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Eu e o Fer… felizes…

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Passeando entre as vinhas na paisagem negra da ilha.

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Carol e eu a improvisar…

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Que maravilha poder viver esses momentos, conhecer lugares e pessoas especias, experimentar sabores, aromas e emoções que ficarão gravados pra sempre em nossa memória, respirar novos ares, sentir o perfume das flores, das frutas, dos lugares e as energias que elas emanam… Viver… viver cada momento, aproveitar essa experiência enriquecedora, segundo a segundo. Obrigada meu Deus!

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terça-feira, 19 de junho de 2012

FAIAL, A ILHA AZUL!

 

Depois de nossa emocionante chegada, hasteamos a bandeira de Portugal no Andante, com muito orgulho!

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Estávamos radiantes, mas como sempre depois de travessias, o cansaço toma conta… e depois da cervejinha no Peter, dormimos como anjos.

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No outro dia, já descansados, saímos pra conhecer o lugar, caminhamos nas estreitas ruas de Horta, com suas casinhas caiadas de portas nas calçadas e sempre com a imagem de um Santo em azulejos portugueses a enfeitar a entrada. Abaixo a praia de Porto Pim.

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Recebemos na marina, a visita de Beatriz Madruga, que após um ano nos falando via internet, chegou o momento do nosso encontro. Na foto da esquerda para direita, Hugo, Beatriz, Genuino, Fernando, Catarina, Carol e eu.

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Beatriz é brasileira, de Porto Alegre, casada com o açoreano, Genuíno Madruga, muito conhecido pelo seu feito, deu duas voltas ao mundo em solitário e em uma delas, dobrou o temido Cabo Horn, de Leste para Oeste, ele foi o décimo homem em nivel mundial a realizar essa façanha. Carol, filha do casal, nascida no Brasil, mas indiscutívelmente uma portuguesinha adorável. Ótimos anfitriões, nos deram todo apoio em terra, vocês poderão sentir isso no decorrer de nossa estada nos Açores.

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Visitinha ao mercado e o Fernando, quase levou todos os chouriços portugueses pra dentro do Andante… Meu Deus! Que lombriga!

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Aqui, as cervejas portuguesas são a Sagres e a Super Bock, nossas eleitas, assim como o melhor lugar para saboreá-las é o Bar do Peter, nosso QG… e do cardápio deles provamos várias iguarias… Sabores dos Açores!

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Queijo de São Jorge, delicioso, amanteigado, vem quentinho e é servido com azeite e azeitonas.

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Ameijoas (uma conchinha local) à Bulhão de Pato… uma entradinha deliciosa, vem com um molho a base de vinho e limão, hummmm… adorei!

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Lapas (outra concha) Grelhadas, vem com molho de Piri Piri (é uma pimenta local), deliciosas também, picantes e ótimas pra acompanhar uma cervejinha.

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Eu que sou meio chatinha pra essas coisas, feitas com sangue ou com miudos, me deliciei com as Morcelas… hummmm!

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Espetada de Frutos do Mar… delicia! E abaixo, Sopa de Baleia, na verdade, só tem baleia no nome, é uma sopa de legumes com bastante tomilho… booooa!

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Espetada Mista, vem com carne de boi, de porco e frango, entremeados com pimentões e linguiças

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Olha aí a maluquete da Bia, nos procurou e nos encontrou, é claro, no Bar do Peter… nos levou para dar uma volta na ilha, em sua carrinha (assim chamam as caminhonetes)… passeio espetacular!

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Um arquipélago composto por 9 ilhas de origem vulcânica, formam os Açores, as ilhas são: Corvo, Flores, Faial, Pico, São Jorge, Graciosa,Terceira, São Miguel (Capital) e Sta. Maria.

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Fomos apresentados as belas praias e paisagens do Faial, que possui 172,43km², largura máxima de 14km, comprimento máximo de 21km e 15 mil habitantes.

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Belos contrastes…

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Por entre a paisagem vulcânica, onde predominam as rochas negras, brotam as cores das flores e do mar em harmonia com a natureza.

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Aqui as terras não são divididas por cercas e sim por plantações de hortências, que quando florescem dão a cor azul as divisas, por isso Faial é chamada a Ilha Azul.

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Penhascos tiram nosso fôlego e nos surpreendem com tamanha beleza. Quando vejo o mar daqui, toda essa imensidão, toda a força sendo descarregada nas encostas rochosas, imagino que seriam loucos os que se aventuram nesta infinidade de águas… mas só quando vejo desse ângulo… rsrsrsrs.

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Aqui o Morro Castelo Branco

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Essa foi a visão que tivemos quando chegamos e avistamos o Morro do Castelo Branco do mar.

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Carol e Bia nos mostrando Faial, não poderíamos ter melhores guias.

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O Vulcão dos Capelinhos, constitui um dos principais pontos turisticos do Faial e uma paisagem para além de única nos Açores, onde se pode admirar os efeitos da erupção que acontenceu em 1956/57.

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Esta área é classificada como “Paisagem Protegida” de elevado interesse geológico e biológico. Foi um marco nas histórias dos vulcões de todo o mundo, pois pôde ser observado e documentado do seu inicio até seu adormecimento… Será que ele adormeceu mesmo? Tenho sempre minhas dúvidas… eu hein!

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O mais interessante é que ele iniciou-se como um vulcão submarino e terminou terrestre e uma das consequências mais marcantes, foi o aumento da ilha em 2,4km².

A força das águas do Atlântico Norte explodindo na paisagem vulcânica do Faial… Um espetáculo!

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Uma parada no Fim do Mundo para molhar as palavras.

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Apresento a vocês, o “Bar Fim do Mundo”, pronto é aqui! Isso é para provar que vamos até o Fim do Mundo atrás de uma cervejinha gelada… rsrsrsrs.

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Um brinde! Tim Tim!

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A bela vista de Fajã da Praia, oferece o contraste entre o terreno de lava negra, vegetação, mar e céu em tons distintos de azul.

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É realmente muito especial imaginar o lugar onde estamos no mapa, em pleno Atlântico, distante 2110 milhas de Nova Iorque e 900 milhas de Lisboa, essas ilhas vulcânicas, foram apontadas por investigadores do assunto, como a lendária Atlântida Perdida. Uhuuu… Atlântida! É de arrepiar não é?

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Bia, a maluquete mais querida dos Açores. Uma das coisas mais interessantes de viajar, é fazer amigos em vários pontos do mundo!

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Esse é o antigo Farol dos Capelinhos, foi destruido pelo “sismo” (assim que chamam os terremotos aqui) de 1998, hoje só restam ruinas.

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Olhem o que sobrou da lavanderia… rsrsrsrs.

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No caminho, um caçador com 3 coelhos abatidos… que dó! Mas por aqui é comum a caça e mais importante, permitida, portanto tudo ok e… Bye Bye Coelhinhos, vão direto pra panela.

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Praia do Almoxarife, paisagem que contrasta com as nossas praias brasileiras de areias brancas, ai vemos essa praia de beleza singular a mostrar suas areias negras.

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A cidade de Horta protegida pelo Monte da Guia ao fundo, vista do Miradouro de Nossa Senhora da Conceição.

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Belos dias… Belos Passeios! Olha a turma toda ai!

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