Foto: Thierry Dapot

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

NATAL… SUSTO… MAS TUDO OK!

 

Preparativos para o Natal à todo vapor durante o Sábado, dia 24, a cabine do Andante se transformou em uma cozinha industrial, começamos a preparar a feijoada que será para o almoço do dia 25, cada um trouxe uma coisa, juntamos tudo e vamos lá… cozinha feijão, ferve os pertences da feijoada, pica cebola, alho, pede panela emprestada, etc, etc, etc… O Amazonas chama no rádio, estão chegando à Prickly Bay, o Dudu já anuncia – Estou com um bacalhau a bordo pra fazer! – Beleza, traga pra cozinha da vez… rsrsrsrsrs. Então fizemos o Bacalhau para a ceia. Dessa vez eu fui ajudante de cozinha o Fer foi o “Chef”… e ele arrasou!

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Os Brazucas juntos pra comemorar o Natal a bordo do charmoso “Veleiro Amazonas”… Fernando, Rogério, eu, Dudu Zanela, Miguel (espanhol), Dudu Dorneles, Daniel e Marcão, todos ansiosos pra provar o Bacalhau.

Hummmm… BACALHAU COM BATATAS AO MURRO, estava de tirar o chapéu, MA-RA-VI-LHO-SO!

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No outro dia… antes do almoço, O Rogério que na noite anterior reclamou de formigamento nas mãos e nos pés, hoje não conseguia andar… um susto, fomos direto ao hospital com ele e a médica suspeitou de uma crise de Hernia de Disco. Depois de medicado voltamos para o nosso almoço de Natal.

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Mais tarde a situação do Rogério foi se agravando, ele não tinha mais controle motor e nem condições de voltar ao Plâncton, por isso ficou hospedado no Amazonas. O Dudu em contato com o Felipe, filho do Rogério, pra que providenciasse a volta dele ao Brasil, mas pra isso ele precisava de uma autorização médica, conseguimos que um médico viesse até o barco vê-lo.

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Depois de ter recebido o “alvará de soltura”… estávamos sempre levando toda a situação com muito bom humor, apesar de toda a preocupação, pra que ninguém e principalmente o Comandante Rogério deixasse a peteca cair.

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A volta do Rogério ao Brasil resolvida, agora é hora de resolver o Plâncton… tadinho, estava lá ele, talvez se perguntando - por que meu amigão não voltou pra casa? Mas com muito carinho os meninos foram até lá, subiram âncora e o trouxeram para uma vaga na Prickly Bay Marina.

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Mas o Plâncton é valentão e pediu que disséssemos ao Comandante Rogério, que fique tranquilo pois ele já até ficou por aqui, em Grenada, em outra oportunidade por 1 ano, então esse lugar lhe é familiar, e ele estará à espera do amigão pra continuarem suas aventuras…

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Demos uma geral no bravo Plâncton e fizemos a mochila do Comandante, no outro dia às 5h30 está vamos lá para ajudá-lo a desembarcar do Amazonas. O Marcão foi com ele até Trinidad, esperou durante todo dia até que ele embarcasse novamente em outro avião, só depois disso voltou à Grenada.

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Querido Comandante Rogério, é com essa cara boa que queremos reencontrá-lo, ficamos aqui na torcida pra sua breve recuperação pra que possamos fazer farra todos juntos novamente!!! Um forte abraço de todos…

Paula, Fernando, Marcão, Daniel, Dudu Zanella, Dudu Dornelles e dos tripulantes de todos os veleiros de plantão!!! Estamos esperando por você querido Comandante Rogério, bola pra frente!!! Não deixe a peteca cair!!!

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Nesse momento Rogério já está em Florianópolis… seu filho Felipe foi até São Paulo encontrá-lo em outra conexão. Está em um hospital sendo assitido por uma equipe médica e passando por bateria de exames, cercado de pessoas que assim como nós o tem muito carinho.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

COTIDIANO

 

O Fernando resolveu trocar toda a fiação do gerador eolico e da placa solar, pois por duas vezes encontrou cabos rompidos causando curto e dando choque na gente quando encostávamos na targa. Quando verificou com mais cuidado percebeu que a empresa que fez o serviço, “Energia Pura” de Paraty-RJ, não usou cabos estanhados, usou conexões de má qualidade e fez uma instalação que deixou “muito” à desejar. Nessa hora entram em ação para nos ajudar “os Allegrinhos”, Marcão e Daniel do Veleiro Allegro, que são expert em elétrica e eletrônica, segundo eles trabalharam em troca de comida… rsrsrsrsrs.

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Foi um dia inteiro de trabalho no Andante, dia produtivo e muito divertido. Fiz um super macarrão para os operários da vez… ahahahah!

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No outro dia, pegamos uma praia…

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Rolou um “frescobol”, apesar que o jogo consistia em correr atrás da bolinha e não acertá-la com a raquete… rsrsrsrsrs.

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O Daniel numa evolução para acertar a bolinha, parece mais estar dançando uma  coreografia… rsrsrsrs

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O Fer também se esforçou, depois de um tempo correndo atrás da tal bolinha, parece que conseguiram jogar um pouco…

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Mas o que vale mesmo são as risadas que damos.

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Mais um inesquecível final de tarde.

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Um mergulho pra refrescar…

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Um almocinho no Andante com os amigos, no cardápio, comida caseira brasileira, claro… arroz, feijão, frango refogado com bastante cebola, salada e uma farofinha pra acompanhar… tuuudo de bom!

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Café da manhã no cockpit…

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Levar roupas pra lavanderia da marina… que luxo!

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Uma boa leitura no fim do dia…

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E mais uma foto de por-do-sol pra minha coleção.

Eita cotidiano bom…

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domingo, 25 de dezembro de 2011

ST GEORGE’S

Na 2aF fomos para St. George’s, conhecer a cidade durante o dia e fazer algumas compras. A cidade é muito charmosa, parece um presépio, contruções muito simpáticas e cheias de detalhes, localizadas à beira mar. Nesse lugar que o Veleiro Plâncton, do Geraldo Tollens Linck, hibernou durante 1 ano no Iate Clube de St’ George’s.

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Parecem restos das famosas cabines telefonicas inglesas, nenhuma funciona e todas estão em péssimo estado, mas não deixei de tirar uma fotinho.

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Em Setembro de 2004, Grenada foi devastada pelo furacão Ivan, que alcançou nivel 5, o maior na escala internacional para a classificação de furacões. Com ventos que chegaram a 255 km/h, o Ivan castigou a ilha, onde pelo menos 12 pessoas morreram e 90% das casas de Grenada foram danificadas. Como podem perceber nas fotos abaixo, ainda hoje existem vestigios do Ivan estampados no visual da cidade… olhar essas construções nesse estado me faz imaginar o terror do momento em que tudo aconteceu e o mais impressionante é perceber a capacidade de reconstrução e retomada do ser humano. Pensar que um lugar lindo cercado por uma natureza exuberante pode ser vitima da mesma.

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Nesse lugar cheio de história que é St. George’s, escolhemos um restaurante alemão pequeno e simpático, com uma sacadinha estreita mas acolhedora de frente ao Lagoon, que é uma baia cheia de marinas charmosas com vista para o “presépio”… rsrs.

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Pedimos um prato com um nome que acho que nunca vou saber pronunciar… rsrsrsrs, mas que era composto por Chucrute (aquele repolho azedinho), um bolinho de alguma coisa com farinha, uma carne porco (parecia lombo) e um molho vermelho gostoso, acompanhado por cerveja Carib bem gelada.

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Foi muito agradável passar um tempinho nesse restaurante, tentando entender que realmente estávamos ali… naquele lugar especial, com essa vista privilegiada, curtindo o momento… é dificil cair a ficha! Rsrsrsrs.

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Saimos do restaurante e continuamos a caminhar sem destino pelas ruas da cidade com o objetivo único de conhecê-la do modo mais simples… caminhando, sem pressa, parando para observar as construções, as pessoas e seus diferentes hábitos, sentir o cheiro, a brisa do lugar e colocar nossos sentidos pra funcionar, no meu entender essa é a melhor maneira de aproveitar o momento.

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Subimos uma colina e lá no alto, um cemitério, com tantos túmulos desordenados que chegavam quase a invadir a rua, já que não havia nem calçada nem muro de proteção. Mas tenho que considerar que a vista para o mar é linda pra uma última morada. Eu hein, tô fora!

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Continuamos nossa caminhada e passamos por vários bequinhos e ruinhas estreitas e sinuosas, sempre com belas vistas, onde dividiamos espaço com os carros na rua, pra nós sempre na contra mão, essa mão inglesa é de matar. Sabiam que até os pedestres andam na esquerda na calçada e não na direita… vivo trombando com a galera daqui… eheheheheh!

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Eu e o Fer estamos aproveitando muito essa experiência, está sendo realmente especial tudo que tem acontecido em nossa vida nesse momento, temos vontade de aproveitar cada momento da melhor maneira, conhecendo pessoas, lugares, culturas e um pouco mais de nós mesmos. É fantástico!

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

UM POUCO DE HISTÓRIA, CORES E SABORES DE GRENADA


No Domingo, alugamos uma van e fomos conhecer Grenada. Bem, Grenada ou Granada, foi descoberta por Cristovão Colombo em sua 3ª viagem em 1498 e permaneceu descolonizada por mais de 1 século. Os franceses se fixaram no século 17 e a Grã-Bretanha tomou a ilha em 1762, em 1974 Granada se tornou independente. Sua população é constituida por 80% de negros, descendentes de escravos vindos da África, que receberam uma educação franco-inglesa. Fui clara? Rsrsrs.
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Essa é a turma de “brazucas” boa gente. Da esquerda pra direita – Kiko, Daniel, Cris, Rogério, Márcia, Marcos, Ross, Fer e eu.
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Essa vai para o nosso vizinho (de Bauru) Luis Freitas, que aprecia um bom Rum. Visitamos a mais antiga destilaria de rum de Grenada, a Rivers Royal Grenadian Rum, desde 1745 produzindo essa bebida de teor alcoolico elevado e muito popular entre navegantes da antiguidade por ter fama de ajudar a diminuir o mal do mar (o enjôo)… putz, eu a mareada de plantão, acho que vou tomar rum então!!!.. rsrs.
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Aqui conhecemos todo o processo de produção do Rum, que é muito parecido com o da nossa famosa cachaça que podemos conhecer nas destilarias brasileiras também.
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Todo esse bagaço de cana vira combustivel e é colocado pra queimar e aquecer as caldeiras.
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Como vocês podem ver na foto abaixo o trabalho ainda continua muito manual.
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Aqui podemos ver as embalagens do Rivers Grenadian Rum, espero que tenham gostado. Eu, só com o cheiro do lugar fiquei meio lerdinha, esse rum tem 75% de teor alcóolico… putz, é forte pra caramba, você molha a boca e se transforma em um dragão, Aff!
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Depois… uma parada para o almoço em um lugar indicado pelo motorista, claro… e detalhe, ele sentou-se na nossa mesa, na ponta e na melhor cadeira… rsrsrsrs, almoçou conosco e ficou nos observando durante todo tempo… ahahahaha, achei ótimo! Cultura é cultura.
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Quando Grenada foi ocupada pelos franceses, plantou-se muita cana-de-açucar por aqui, por isso foram trazidos muitos escravos da África pra trabalhar nas lavouras de cana, quando o dominio passou pra Grâ-Bretanha, predominaram as plantações de cacau e hoje a maior parte da terra está reservada ao cultivo da noz-moscada. Grenada é conhecida como Spice Island, ou a Ilha dos Temperos, e é verdade, o perfume dos temperos está no ar da ilha. Tudo isso pra dizer que ainda se planta cana-de-açucar e cacau aqui e eles também produzem um maravilhoso Chocolate, amargo e encorpado, como podem ver na foto, comprei um com 71% de cacau e outro com 82%, bem amargo, mas delicioso! Tudo bem Mané… eu guardo um pedaço pra você… rsrsrsrsrsrs.
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Ah… também fez parte do passeio uma visita a Cratera do Vulcão Gran Etang, extinto, claro… o lugar é muito bonito, como podem perceber na foto, logo atrás de nós, um lago, que é a cratera do vulcão, dizem que não é possivel medir a profundidade dele porque o fundo não é sólido, será que não tem fim?… bem, melhor não dar asas a minha imaginação… rsrsrsrsrs.
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Aqui estamos literalmente na Cratera do Grand Etang, não aguentei e molhei meu pé na água do lago… é morna, ai que medo! Vamos embora daqui galera… vai que esse negócio começa a ferver, ahahahah!
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Passamos pelas cidades de Grenville, Belmont e finalmente St. George’s, a capital de Grenada. Paramos na Port St. Louis Marina, num maravilhoso final de tarde. Será que o Andante ficaria bem preso nesse cunho?
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Esse é um barco-escola alemão, cheio de meninos e meninas adolescentes… imaginem que experiência fantástica! Acho que eu adoraria… pois tenho percebido quanto conhecimento essa viagem tem trazido a mim e ao Fernando, a gente acaba sabendo muito sobre história, economia, geografia, religião, cultura de cada lugar que passamos de uma maneira natural e muito gostosa. Tenho sido influenciada pelo livro do Geraldo Tollens Linck, que a cada lugar que chegava, buscava saber tudo sobre a cidade ou pais que estava passando, isso me encantou… estou adorando aprender assim…
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Quando eu disse um Maravilhoso final de tarde eu não estava procurando belas palavras pra escrever, foi realmente lindo. É impressionante como as cores quentes do entardecer preenchem o céu numa obra de arte diferente a cada dia… nessas horas eu tenho compulsão fotográfica, pois a cada segundo o céu muda de cor e eu fico querendo captar não só a melhor imagem, como a atmosfera desses momentos únicos… mas eu sei que é dificil. Putz, mas é demais!
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A turma toda, curtindo esse momento depois de um dia muito proveitoso. É claro, que pra comemorar, cervejinhas geladas no bar da marina. Eita coisa boa!!! Ehehehe.
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Fala verdade… não é uma pintura?
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Terminamos a noite batendo papo e vendo esses enormes iates ancorados bem nas nossas vistas… parece um sonho, dá até medo de acordar… rsrsrsrsrsrs. Bendito seja o que ainda está por vir!
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